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As falas lúdicas de Jean Jullien

As falas lúdicas de Jean Jullien

Poucos ilustradores conseguiram preencher a lacuna entre a página e o mundo físico como Jean Jullien. Com seus desenhos de linhas pretas instantaneamente reconhecíveis e sua narrativa visual espirituosa, o artista francês construiu uma carreira internacional que abrange ilustração, instalação e escultura – muitas vezes retornando ao seu primeiro amor: o papel.

Nascido em Cholet, França, em 1983, e criado em Nantes, Jullien cresceu rodeado de criatividade. Sua mãe trabalhava em arquitetura, seu pai em cinema. Depois de estudar design gráfico em Quimper, mudou-se para Londres para estudar na Central Saint Martins e no Royal College of Art. Lá, ele refinou sua voz visual e criou seu estilo característico de humor, humano e distintamente desenhado à mão. “A experimentação é algo que considero muito útil… se você continuar fazendo a mesma coisa, isso é tudo que as pessoas vão pedir para você produzir”, Jullien explica seu equilíbrio com versatilidade e reconhecimento.

Sociedade de Papel em Seul

“A experimentação é algo que considero muito útil… se você continuar fazendo a mesma coisa, isso é tudo que as pessoas vão pedir para você produzir.”

Jullien traça uma linha que então ganha vida

A linha pincelada característica de Jullien, solta mas precisa, continua sendo o núcleo de sua prática. O que começou como ilustração editorial para The New Yorker, The New York Times e marcas como Nike, Uniqlo e Colette desde então cresceu em mundos imersivos povoados por seus chamados Pessoas de papel.

Esses personagens recortados e grandiosos apareceram em galerias e lojas de departamentos, do Museu Parco, em Tóquio, ao Le Bon Marché, em Paris, onde figuras gigantes de papel azul subiam pelo átrio. Sua planicidade se torna seu charme – como se os desenhos de seu caderno tivessem entrado no mundo real. “A impressão de que o desenho apareceu em nosso mundo é algo que eu realmente gosto”, como o próprio Jullien explica.

O papel permanece no centro da obra de Jullien, tanto como superfície quanto como meio escultórico. Ele desenha diariamente com um simples pincel em blocos de notas Muji reciclados, posteriormente digitalizando-os e colorindo-os digitalmente. O equilíbrio analógico-digital mantém sua arte espontânea e tátil. Seu livro de 2016, This Is Not a Book, explorou de maneira divertida a própria forma impressa – dobrando, cortando e questionando o que um livro pode ser. “Eu estava começando a ficar bastante incomodado com trabalhos de impressão que só existiam digitalmente”, disse ele, descrevendo seu desejo de dar aos desenhos uma presença física.

Seja em instalações de tinta sobre papel ou papelão, a arte de Jullien irradia calor, humor e empatia. O seu símbolo da Paz para Paris – desenhado espontaneamente após os ataques de 2015 – mostrou como uma simples linha de pincel pode transmitir emoções profundas.

O trabalho de Jullien nos lembra mais uma vez o potencial infinito do papel: como tela, conceito e conector entre as pessoas. Seus mundos lúdicos são, no fundo, convites para ver o cotidiano de uma forma nova – uma pincelada de cada vez.

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